Alvos do tráfico

Basicamente, são quatro as modalidades do comércio ilegal de animais silvestres no Brasil:

US$25 mil

cerca de R$80 mil

Esse é o valor pago por uma arara-azul, um dos animais mais valorizados no mercado do tráfico.

A espécie mais cara, a arara-azul-de-lear, chega a ser comercializada por US$ 60 mil, quase R$ 200 mil.

Animais para colecionadores particulares e zoológicos

Prioriza principalmente as espécies mais ameaçadas. Quanto mais raro for o animal, maior é o seu valor de mercado. Os principais colecionadores particulares da fauna silvestre brasileira situam-se na Europa, Ásia e América do Norte.

Entre as espécies mais procuradas estão arara-azul, mico-leão-dourado, papagaio-de-cara-roxa e jaguatirica. A arara-azul é um dos animais de maior valor internacionalmente.

US$20 mil

cerca de R$60 mil

É quanto vale uma jararaca viva no mercado internacional.

Uma aranha-marrom, comum em Curitiba e região, vale US$ 800 (R$ 2,5 mil).

Animais para fins científicos (biopirataria)

São espécies que fornecem substâncias químicas, que servem como base para a pesquisa e produção de medicamentos. Devido à intensa incursão de pesquisadores ilegais no território brasileiro, em busca de novas espécies, esse grupo aumenta a cada dia e movimenta altos valores.

A cobra jararaca é uma das mais visadas pelos traficantes. Também estão na lista as cobras cascavel, coral e surucucu, além de sapos amazônicos, aranhas, besouros e vespas.

US$3 mil

cerca de R$10 mil

É o preço pago por um lagarto teiú.

Uma saíra-sete-cores, pássaro vendido em aviários, sai por US$ 1 mil (R$ 3,26 mil) no exterior.

Animais para pet shop

É a modalidade que mais incentiva o tráfico de animais silvestres no Brasil. Devido a grande procura, quase todas as espécies da fauna brasileira estão incluídas nessa categoria.

Os preços praticados dependem da espécie e da quantidade encomendada. A lista é grande, com destaque para jibóias, lagartos teiú, tucanos, tartarugas, araras-vermelhas, saguis-da-cara-branca, melros, periquitos e saíras-sete-cores.

Produtos de fauna

São muito utilizados para fabricar adornos e artesanatos. As espécies envolvidas variam ao longo dos tempos, de acordo com os costumes e os mercados da moda.

Normalmente, se comercializam couros, peles, penas, garras, presas, além de diversos outros. Todos esses produtos entram no mercado de moda e souvenir para turistas.

Um exemplo são os psitacídeos, fornecedores de penas. Os répteis, como jacarés, e mamíferos, como onças, estão entre os principais fornecedores de peles.

NO BRASIL

20.216

animais em situação de tráfico foram apreendidos pelo Ibama em 2016.

No mesmo período, foram lavrados 2.282 autos de infração e aplicados 53 milhões de reais em multas relacionadas à fauna pelo Instituto.

Fonte: Renctas/IBAMA. Infografia: Gazeta do Povo.