O ponto de ônibus ideal

O Guia de Design Urbano, publicação elaborada pela Associação Nacional de Transporte dos Estados Unidos (Natco, na sigla em inglês) e pelo Global Designing Cities Initiative, movimento em prol do melhor desenho para as cidades, traz dicas de como construir o ponto de ônibus ideal. Confira:

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Área proporcional

De modo geral, o que o guia aconselha é que a área de espera seja dimensionada de acordo com o fluxo e a frequência de passageiros das linhas que passam por ali.

Em calçadas onde esse espaço de espera não é suficiente, o guia recomenda a implementação de ilhas – trechos de passeio que avançam um pouco sobre a rua – ou a demarcação, com tinta apenas ou mesmo elementos como floreiras etc, de áreas dedicadas a esse propósito.

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Local seguro

O ponto de ônibus também deve ficar num local com acesso seguro pela calçada, sem obstáculos, e próximo da faixa de pedestres.

Faixa atrás do ônibus

De preferência, a faixa de pedestre mais próxima deve ficar atrás do ônibus quando ele parar, para que a travessia da via seja feita de maneira mais segura. Se a faixa estiver logo na frente do ponto de ônibus, os passageiros tendem a entrar na frente do veículo para atravessar a rua, tendo menos visibilidade sobre os demais veículos que passam no mesmo local.

Cobertura

Em relação à cobertura, ela é necessária para proteger os usuários das adversidades do clima, principalmente em cidades muito quentes ou estações (de chuva, neve etc) muito intensas. Em Dubai, nos Emirados Árabes, por exemplo, onde a temperatura passa facilmente dos 40°C e não raro há tempestades de areia, os pontos de ônibus são cabines fechadas e com ar-condicionado.

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Bem sinalizado

Recomenda-se que cada ponto de parada esteja bem sinalizado, com o nome da linha ou linhas que passam param ali e com informações sobre o trajeto bem visíveis para o usuário.

Isso é ainda mais importante em ruas ou praças que funcionam como terminais ao ar livre e concentram a passagem de várias linhas de transporte.

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Faixas exclusivas

A demarcação de faixas exclusivas ajuda na eficiência do transporte, já que o ônibus não precisa sair do fluxo para o embarque ou desembarque de passageiros.

Se essa movimentação ocorrer no mesmo nível, com ônibus mais baixos ao nível do chão, ou ainda em nível elevado – como é o caso das plataformas de BRT em Curitiba –, melhor.

As faixas exclusivas também permitem adequar melhor o espaço de espera do ponto de ônibus ao fluxo de passageiros, já que dá margem para que, nas ruas onde há uma faixa para estacionamento, um trecho de calçada avance sobre a rua logo em frente ao ponto, dando mais espaço aos usuários.



Fonte: Guia de Design Urbano. Infografia: Gazeta do Povo.